Buraco negro

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Buraco negro

De acordo com a Teoria da Relatividade Geral, um buraco negro é uma região do espaço da qual nada, nem mesmo partículas que se movem na velocidade da luz, podem escapar. Este é o resultado da deformação do espaço-tempo, causada após o colapso gravitacional de uma estrela, com uma matéria astronomicamente maciça e, ao mesmo tempo, infinitamente compacta e que, logo depois, desaparecerá dando lugar ao que a Física chama de singularidade, o coração de um buraco negro, onde o tempo para e o espaço deixa de existir. Um buraco negro começa a partir de uma superfície denominada horizonte de eventos, que marca a região a partir da qual não se pode mais voltar. O adjetivo negro em buraco negro se deve ao fato de este não refletir a nenhuma parte da luz que venha atingir seu horizonte de eventos, atuando assim como se fosse um corpo negro perfeito em termodinâmica.

Acredita-se, também, com base na mecânica quântica, que buracos negros emitam radiação térmica, da mesma forma que os corpos negros da termodinâmica a temperaturas finitas. Esta temperatura, entretanto, é inversamente proporcional à massa do buraco negro, de modo que observar a radiação térmica proveniente destes objetos torna-se difícil quando estes possuem massas comparáveis às das estrelas.

Apesar de praticamente invisíveis, os buracos negros podem ser detectados por meio de sua interação com a matéria em sua vizinhança.Pode-se detectar um buraco negro pelo efeito de sua massa sobre o movimento de estrelas em uma dada região do espaço. Pode-se também detectar um buraco negro pela radiação emitida enquanto traga uma estrela companheira, que se deforma para o círculo de acresção, deixando escapar parte da radiação pelos choques de sua matéria e radiação no turbilhão do redemoinho que se forma, como a névoa sobre um redemoinho de água, "espirrando" do horizonte de eventos e escapando da gravidade do buraco negro aquecida a altas temperaturas. No final de 2015, pesquisadores do projeto LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) observaram "distorções no espaço e no tempo" causadas por um par de buracos negros com trinta massas solares em processo de fusão.Stephen Hawking, em 2016, declarou que já não pensa que o que é sugado para um buraco negro é completamente destruído[, ele pensa que poderia haver um caminho para sair de um buraco negro através de um outro universo.

Embora o conceito de buraco negro tenha surgido em bases teóricas, astrônomos têm identificado inúmeros candidatos a buracos negros estelares e também indícios da existência de buracos negros super maciços no centro de galáxias maciças.Há indícios de que no centro da própria Via Láctea, nas vizinhanças de Sagitário A*, deve haver um buraco negro com mais de 2 milhões de massas solares.

Qual o tamanho deles?

Eles podem ser grandes, pequenos e também gigantes. De acordo com os entendidos da toda poderosa (e misteriosa) NASA, o menor deles pode ser do tamanho de um átomo, ou seja, extremamente minúsculo, mas com uma força devastadora. Já os chamados de "stellar" podem chegar a ter 20 vezes a massa do Sol. Por último vêm os famosos "supermassivos", que possuem a massa do sol, só que multiplicada por um milhão - no mínimo. Os cientistas dizem que praticamente todas as galáxias do universo abrigam um buraco negro supermassivo em seu centro. Para você ter ideia, a nossa Via Láctea abriga um "monstro" desse tipo, chamado de Sagittarius A, cuja massa equivale a quatro milhões de sóis do nosso sistema.

Quantos buracos negros existem?

Considerando o tempo médio de vida das estrelas em geral e o quanto nossa galáxia já está com a idade bem avançada, a NASA diz que, contabilizando todos eles (não importa o tipo), já são mais de 10 milhões de buracos negros estelares existentes.

Se eles são invisíveis, como sabemos que existem?

É óbvio que os astrônomos contam com equipamentos mirabolantes - como telescópios e afins - para chegar a alguma conclusão plausível sobre a localidade de um buraco negro. Porém, não é apenas colocar os olhos no aparato milionário e fazer as anotações necessárias, não: o nível de atenção é muito mais elevado do que isso.

Os cientistas podem ver como a gravidade afeta as estrelas e os gases ao redor de onde se supõe que exista um "monstro espacial" do tipo. Sendo assim, instituições como a NASA, ESA - entre outras menos conhecidas - estudam muito as estrelas para descobrir se os tais buracos estão voando soltos no universo ou em órbita definida de algo no espaço.

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